Mesmo já tendo havido tantas mudanças no Ensino de
Ciências e Biologia, ainda é possível notar que o processo educativo, em algumas
instituições, é realizado conforme as concepções tradicionais onde o
conhecimento é construído superficialmente e de forma mecânica e repetitiva. Mas,
é inegável a importância da experimentação, pois esta permite um melhor
entendimento do que acontece na Natureza, da evolução histórica do homem e por
propiciar a construção do saber científico. A prática diversifica as aulas,
torna o ensino mais dinâmico e prazeroso, permite que os alunos observem
diretamente os fenômenos e organismos, manipulem materiais e equipamentos,
enfim, proporcionam um contato mais palpável com o objeto estudado e
consequentemente que o aluno seja capaz de construir seu conhecimento de forma
lúdica e mais significativa, pois, conforme Freire (2006)” para compreender a teoria é preciso experienciá-la”.
As atividades experimentais devem ser elaboradas de
forma a propiciar uma situação de investigação que permita a discussão e
interpretação dos resultados obtidos. Além disso, espera do professor uma
postura didática que assegure a compreensão dos conceitos fundamentais da
Biologia e desafie os estudantes a questionar, argumentar de forma
fundamentada, perceber contradições, construir coletivamente conhecimentos e
valorizá-los, ponto fundamental no processo ensino-aprendizagem atual.
Para a execução das aulas práticas muitas
dificuldades são encontradas, principalmente em escolas públicas, a citar a
falta de estrutura e de materiais uma vez que a maioria das escolas não tem
laboratórios e os professores acabam por “bancá-los’ o que já passa a ser um
empecilho para a execução. Outro fator é o desinteresse dos alunos ou mesmo o
número, pois a realidade nas escolas atualmente é de uma grande quantidade de
alunos por turma. Existe também a questão da formação dos professores que
muitas vezes não foram preparados para esse tipo de atividade. Mas é necessário
buscar soluções para suprir essas deficiências/dificuldades, no intuito de
proporcionar um ensino eficaz.
Fonte:
http://biologandonarede.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html
FREIRE. P.
Pedagogia da autonomia. Rio de janeiro: Paz e Terra,
1997
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