segunda-feira, 25 de junho de 2012

10 Coisas ruins que aprendi com a RIO +20

Texto extraído de Vida Sustentável em Sustentabilidade

O maior objetivo da cúpula Rio +20 era levar o nosso planeta a uma prosperidade sustentável para todos. Não sou ambientalista e nem ecologista, sou apenas um “sustentabilista” , ou seja, acredito que é possível o ser humano viver de forma sustentável e ter toda a comodidade das maravilhas eletrônicas sem comprometer o meio ambiente .


10 Coisas de ruins que aprendi com a RIO +20
Nosso atual sistema de economia política é a raiz de muitos problemas mundiais, dificilmente um novo sistema de economia política vai surgir. Como diz o slogan, é preciso “mudança de sistema, não mudança climática”.

Falta de compromisso
Há uma falta de compromisso da maioria dos países e da ONU. E existe um grande radicalismo das ONGs e ambientalistas em relação ao desenvolvimento sustentável, isso acaba por emperrar todo e qualquer negociação.


Cada um por sí
Cada um por sí, todos exigindo e ninguem doando. Antes de fazer uma exigência para modificar alguma coisa , devemos ver como isso vai afetar outras pessoas e a natureza. É mais fácil colocar a culpa do aquecimento global nos gases dos bois e querer que todos virem vegetarianos do que achar soluções que agradem aos irmãos carnívoros.


Querer Ser Verde é difícil
Vi muitos “AMBIENTALISTAS” que estavam gritando palavras de ordens usando jeans, camiseta de tecido sintético, jaqueta de nylon, bolsa de couro, tirando fotos com uma Sony, telefonando com seu Nokia, usando tênis Nike, bebendo coca-cola, comendo no Mc Donalds e saindo em sua 4×4 Diesel. Ai fica fácil ser ambientalista.

Maria vai com as Outras
Estava diante de um verdadeiro carnaval, com blocos devidamente organizados, salve as baleias, Unidos pelo Belo Monte, Angra 3 Não, ala dos indios sem terras e para finalizar as portas bandeiras vermelhas, afinal aqui é Brasil e tudo acaba em politica. Para a rapaziada era estar gritando, não importa para que e por quem, e tirar muita foto para postar no Facebook, igualzinho como gringos no carnaval do Rio.

Índio quer apito
90% das reservas indígenas são alugadas para madeireiras e garimpeiros. Depois de se tornar reserva o governo perde o poder sobre a área. Para quem nunca visitou uma tribo de índios dos confins do Brasil não faz a minima idéia das reais necessidades dos verdadeiros brasileiros. A maioria dos índios estão contaminados pelo homem branco, é mais fácil ver um Índio em um açougue que caçando. Então vamos parar e ver quais as suas maiores necessidades, e não tratar os índios como inválidos e impotentes.

Yankees go home
Não ouvi ninguém falar dos problemas das termoelétricas europeias, ninguém criticou a Monsanto ou Nestle, ou falaram sobre as empresas poluidoras da China. Fiquei pasmo como os estrangeiros querem nos ensinar tudo, esqueceram o genocídio dos indígenas dos Estados Unidos, onde quase 1 milhão foram massacrados, na Europa onde mais de 90% das florestas foram desmatadas, o Japão que mata baleias até hoje, e por ai vai…

Quero ser Ecológico mas andar de carro
Todos queremos ter conforto, e a eletricidade é algo que adquirimos e nos traz muita comodidade. Acho que todos tem direito de reclamar, Belo Monte vai trazer prejuízos ecológicos, mas uma usina nuclear vai trazer mais prejuízo ainda e as termoelétricas é algo impensável. Pense antes de fazer!


Fracasso começa pelo começo!
Quem foi a Cúpula dos Povos com a intensão de contribuir e aprender teve uma grande decepção, falta de informação sobre a programação, insustentabilidade por toda parte, água em copos plásticos, sem lixeiras para materiais recicláveis, salgadinhos e refrigerantes a vontade, faltava lugares para alimentação, faltava transporte público privilegiando os táxis e transporte individual, bugigangas de todos os tipos sendo vendida, desde camisetas de ONG até arco e flecha. Ainda não defini se era uma feira livre ou um shopping.

Como salvar o futuro
Não dá para exigir que os países tomem providências, e se eles não tomarem? Então ficaremos parados?
Acho que somos células de um ser chamado Terra, se um órgão (Estado) não nos guia de forma coerente todos morremos. Mas podemos como células reagir e cada uma fazer sua parte, se eu reciclar meu lixo, o vizinho e o outro vizinho , não existe a necessidade do Estado fazer uma lei obrigando a reciclagem.

Por sua vez se a Nike usa trabalho escravo na Índia podemos mudar para Adidas, se a Nestle desmata a Tailândia podemos trocar por produtos do concorrente. Essa atitude vai punir mais que qualquer multa aplicada pelo governo e fazer com que as empresas mudem para não perder mais clientes.


Por fim..
Na Rio+20 todas as negociações foram um colossal desperdício de tempo e um grande carnaval fora de época.




Fonte: http://www.vidasustentavel.net/sustentabilidade

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Estrela do ecoativismo, Vandana Shiva critica Rio+20


“A vida não é um documento”, diz ativista indiana







A física indiana Vandana Shiva é uma estrela global do ecoativismo. Autora de mais de 20 livros e de 500 publicações acadêmicas, fundadora de um movimento feminino para a proteção da biodiversidade, ela viaja o mundo pregando contra a exploração do homem pelo homem e o patenteamento de recursos da natureza, em especial as sementes.


Vandana está no Rio depois de 20 anos para mais uma tentativa de ajudar a salvar o planeta. Mas não é nas mesas de negociação que deposita suas esperanças, e sim na força da solidariedade humana.


Ela fez um discurso contundente criticando a Rio+20 ao participar da mesa “Mulheres e o Desenvolvimento Sustentável – Liderando o Caminho”, organizada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade em evento paralelo à conferência.


A senhora fica desanimada quando vê que questões como agricultura familiar e erradicação da pobreza extrema provavelmente ficarão de fora do documento final da Rio+20?


Vim sem grande expectativa com relação à conferência formal. Não é por que o documento não vai falar dessas causas que a luta das pessoas vai diminuir. Não vim atrás de um texto, e sim atrás da solidariedade. A vida não é um documento, é a preservação dos nossos rios e sementes; verde não é a cor do dinheiro, é a cor da vida. Confio muito mais na força das pessoas do que nas negociações, que são influenciadas pelas grandes corporações. Existe uma grande reunião de quem está preocupado com a paz e a justiça, o que nos permite pensar estratégias juntos. Em 92, podíamos entrar nos corredores e interferir, por isso chegamos a compromissos sobre o clima. Retrocedemos. Assim como as corporações
estão comprando nossos governos, estão comprando a ONU. A Rio+20 será lembrada como a última tentativa das grandes corporações de desfazer as obrigações legais estabelecidas na Eco 92.


O que o cidadão comum pode fazer?


Todo mundo tem que declarar que o patenteamento das sementes é ilegal e imoral. A Monsanto (gigante da agroindústria, produtora líder de sementes geneticamente modificadas) não inventou as sementes, e patentes são dadas a invenções. Como governos deixam que eles cobrem royalties de fazendeiros, levando-os ao suicídio? O meu chamado às pessoas em todo o mundo é para o dia 2 de outubro, aniversário de Gandhi: Diga não ao patenteamento. Comecem a guardar sementes. Não importa se você não é um fazendeiro, faça em casa, na escola.


A senhora costuma ser criticada por defender metas consideradas inatingíveis, desconectadas da realidade capitalista. Como responde a isso?


É porque estou conectada com a realidade que ajo assim. Se não fosse, investiria em Wall Street enquanto eles quebram, acharia que as sementes foram criadas por uma empresa. Estamos vivendo num mundo em que os poderosos acham que a alucinação deles é a realidade. Para mim, a realidade é a da criança que morre de fome.



A senhora critica o crescimento econômico da Índia, por excluir 95% da população, mas crescimento econômico é o que todos os países perseguem. O que está errado?


Crescimento econômico é um indicador de quanto a natureza foi destruída. Nós temos que priorizar o bem-estar, e não o crescimento. Existe um ditado antigo que diz que quem tem o ouro escreve as regras, e quem escreve as regras recebe mais ouro. Meu país, em 1992, não tinha um problema grave de fome. Hoje, uma a cada duas crianças procura comida no lixo. Por quê? Porque comida se transformou numa commodity. A sociedade era muito mais igualitária antes do crescimento econômico, que só serviu para criar dez bilionários. Dizem que existe uma classe média em países como Índia e Brasil, mas para mim existe uma elite e uma grande parcela da população que acaba despossuída de seus recursos naturais.




Fonte:http://blogs.estadao.com.br/rio-20/a-vida-nao-e-um-documento-diz-ativista-indiana/

terça-feira, 12 de junho de 2012

Somos exterminadores do futuro, diz Marina Silva no TEDxRio+20

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, emocionou o público do TEDxRio+20 ao falar sobre seu passado nos seringais. Na tarde da última segunda-feira (11), no Forte de Copacabana, ela disse que é preciso separar ética de política e pôr fim ao projeto de poder pelo poder e do dinheiro pelo dinheiro. “Isso nos transforma em exterminadores do futuro”, disse.

Durante o painel “Da ignorância à sabedoria”, Marina afirmou que desenvolvimento sustentável não é apenas a criação de uma forma de energia mais limpa, mas sim, uma nova maneira de ser.

“É preciso valorizar o ser, e não o ter. Vivemos o mal do excesso, o que nos falta é ‘a falta da falta’. Estamos consumindo nosso planeta. A humanidade tem de se reencontrar com sua infância civilizatória. O modelo sustentável é usar com sabedoria recursos de milhares de anos”.

Marina disse que diante da crise que o mundo vive, econômica, social, ambiental e política não vale perguntar se estamos otimistas ou pessimistas. “Temos de ser persistentes. O ser humano tem a capacidade incrível de acreditar criando, não de forma ingênua, como num pensamento mágico, mas criando o futuro que queremos”.

Fonte: Lilian Quaino/ G1

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas

Está tudo no coração

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como pressão alta e colesterol elevado.

Levantamento realizado na Universidade de Harvard, envolvendo mais de 200 estudos sobre o assunto, mostrou que as pessoas felizes e otimistas enfrentam menor risco de sofrer doenças cardíacas e derrames.

Mania de negativo

A maior parte dos estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados com o agravamento do risco de doenças cardíacas.

Entre as mulheres o risco de doenças do coração é especialmente elevado naquelas que apresentam sinais de desesperança.

O oposto - redução do risco cardíaco - vem sendo extensamente documentado em aspectos como otimismo e satisfação com a vida.

Isto reforça cada vez mais que um coração saudável é muito mais uma questão de estilo de vida do que de genes.

Tudo melhor


Os pesquisadores de Harvard analisaram estudos médicos variados que documentaram associações entre bem-estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade estão associados com uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias.

Os resultados independem da idade, status socioeconômico, peso e tabagismo.

O risco de doença cardíaca é 50% menor entre pessoas otimistas.

Mas a pesquisadora Julia Boehm afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação, e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem-estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Por exemplo, os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças. 


Influência da Alimentação no Comportamento



É inegável o papel da família, da educação, da sociedade, da cultura e do ambiente na influência do comportamento humano. Mas diante de tantos fatores, qual será o papel da alimentação nas respostas humanas aos estímulos do mundo em que vivemos?



A alimentação é um ato diário que nutre o organismo para a ação e que o torna apto para comportar-se. Ela é simplesmente a base e o que nutre a matéria. Porém, nos avessos das modernidades, ela tem se tornado cada vez mais vazia, ou seja, ausente dos elementos que preenchem as reais necessidades do corpo.

Sabe-se que o local em que vivemos exerce grande influência nas nossas atitudes. Se o ambiente externo exerce tal impacto, o ambiente interno (nosso próprio corpo) possui ainda mais importância, pois é o “palco estrutural” das atitudes. E, se o lado físico (que é um conjunto complexo sinérgico de células) é afetado, indubitavelmente o lado mental também será.

A alimentação contemporânea rica em açúcar, gorduras maléficas e elementos tóxicos tem afetado o comportamento humano. A mania de comida artificial e refinada foi um golpe e tanto na integridade física da espécie humana, com influência reflexa na integridade moral. Parece que a inteligência obedece a um determinismo químico, e por isso, nossa própria vontade é produto do que comemos (BOARIM, 1991; VASCONCELLOS, 1979).

A dieta possui um papel importante na construção da vida de cada um, pois tem impacto na cognição e intelecto. Isto porque todos os distúrbios de comportamento que caracterizam as doenças mentais em seres humanos, como distúrbios afetivos, de origem emocional, cognitivos ou com base funcional, são distúrbios do funcionamento do SNC. E muitas das matérias-primas de células nervosas, neurotransmissores e outros componentes deste Sistema vem de nutrientes, que por sua vez são provenientes da alimentação. Revela-se assim, como a má nutrição pode afetar não só o estado físico, como também o estado mental das pessoas (DOVICHI; LAJOLO, 2011; KANDEL; SCHWARTZ; JESSELL, 2000).


O problema de tal má nutrição vai além da falta de nutrientes. Apesar de termos uma noção do que estamos ingerindo, não sabemos de fato tudo o que estamos colocando para dentro de nossas células. Cada vez mais somos infestados por aditivos químicos, agrotóxicos e outros tantos disruptores endócrinos, que são agentes e substâncias químicas que promovem alterações no sistema endócrino humano e hormônios.

Assim, um indivíduo com alterações hormonais desencadeadas por disruptores endócrinos e com déficit de nutrientes que modulam funções vitais, tanto do sistema nervoso como de todo o corpo, faz de seu corpo um habitat que pode ser comparado a uma caverna. Mas uma caverna? Sim. Um corpo em decadência é como um lugar sombrio, sujo, prestes a desmoronar e susceptível à morada de outros bichos nada agradáveis, como morcegos e aranhas, ou traçando-se um paralelo, como maus pensamentos e emoções.

Já um corpo que é inundado por nutrientes benéficos à saúde (como vitaminas, minerais e antioxidantes) funciona como um contrato de longa duração assinado com os melhores construtores e faxineiros. A pessoa que possui hábitos saudáveis faz de seu corpo um castelo, onde elementos tóxicos são facilmente retirados, onde há limpeza constante, brilho, integridade e realeza.

Tais associações não são como regras, dado os múltiplos fatores que interferem na vida humana, e sim, tendências. Não é de se assustar que “pessoas que morem em cavernas” tenham maior tendência a um comportamento mais depressivo, agressivo e outros que desviem de boas condutas morais. Assim fica fácil entender que pessoas que moram em lugares limpos, arejados e em que a luz entre com facilidade, tenham maior tendência a terem uma postura mais positiva perante a vida, bem como a responder melhor as suas adversidades.

Não é preciso adquirir regras alimentares rígidas para se viver bem. O essencial é ter bom senso, equilíbrio e saber consumir mais alimentos “protetores” do que alimentos “devastadores”. É preciso ter consciência na hora das escolhas alimentares, lembrando-se que elas afetarão seu modo de viver! Sabendo-se afinar o saudável com o prazeroso é completamente possível ter hábitos e comportamentos mais saudáveis.


Referências:
- BOARIM, D.S.F. Nossa Comida Assassina. Itaquaquecetuba, SP: EditoraMVP, 1991. 404 p.
- DOVICHI, S. S.; LAJOLO, F. M. Flavonoids and their relationship to diseases of the Central Nervous System. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr. = J.Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, v. 36, n. 2, p. 123-135, ago. 2011.
- KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Principles of neural science. 4. ed. New York:McGraw-Hill, 2000. 1414 p.
- VASCONCELLOS, J.R. Os Intoxicados: (Somos o que Comemos).
Porto Alegre:Associação Macrobiótica de Porto Alegre, 1979. 141 p.


From Dra. Isis Moreira- Via:http://www.saudevital.org

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dormir bem x Obesidade


O sono é uma necessidade subestimada na sociedade atual, gastamos horas de sono trabalhando mais, procurando entretenimento na televisão, videogames, computador e assim, buscando cada vez mais a “vida noturna”. Assim, passamos os dias a base café, energéticos e medicamentos que reduzem o sono.


Antes da era digital o axioma era “dormir cedo e acordar cedo faz um homem saudável, rico e sábio”. E por que mudamos isso, sabendo que a melhor opção para o nosso físico, para a nossa mente e para a nossa saúde?

Muitos estudos vem demostrando que a privação de sono traz resultados como, função cognitiva reduzida (pensar), alterações hormonais, mudanças negativas na pressão sanguínea, diminuição da sensibilidade a insulina e por ai vai...

A privação do sono aumenta a obesidade e os riscos associados a ela, como o risco de síndrome metabólica que inclui mudanças negativas para a saúde cardiovascular e alterações nos hormônios que promovem o armazenamento de gordura.

Estudo realizado pela American Heart Association investigou os efeitos de um curto período de sono com a ingestão de alimentos, confirmando que pessoas que ficam acordadas por mais tempo tendem a ser mais sedentárias durante essas horas de vigília e aumentam sua ingestão alimentar, principalmente com alimentos calórico, ricos em carboidratos e gorduras.

Outro estudo relacionado a massa magra, mostrou que o “estresse” em perder o sono pode ser catabólico, ou seja, pode quebrar a massa magra já existente em seu organismo. Outra explicação dada é que o sono promove processos anabólicos, permitindo assim, que o músculo seja mantido ou aumentado quando o descanso é obtido.

Portanto, afaste-se do mundo high-tech... esqueça lipoaspiração, cirurgias bariátricas, inibidores de apetite, medicamentos e vá dormir.




Fonte: Dra. Juliana Pansardi(http://www.saudevital.org)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Porque estamos engordando tanto?


Atualmente, é visto à nível mundial o problema da epidemia de obesidade. A mistura de fatores biológicos da nossa espécie e fatores culturais estão associados ao aumento no número de pessoas acima do peso. Estima-se que 300 milhões, no mundo, estejam obesas.



O ser humano foi selecionado para ingerir alimento na medida em que encontra. Antigamente, por exemplo, a gente não encontrava alimento fácil como hoje. Você vai em qualquer lugar e tem um docinho para você consumir e é um carboidrato que é facilmente absorvido e está bem disponível.




A falta de exercícios também agrava o problema, de acordo com vários especialistas. Antigamente para gente comer tinha que correr, cavucar, subir numa árvore e hoje não. Hoje você levanta do sofá vai na prateleira do seu armário e pega alguma coisa para comer.




Suplementos: separando o joio e o trigo

Outro tema polêmico é a questão dos medicamentos naturais e dos suplementos nutricionais. Ainda há muito preconceito por parte da comunidade científica e falta de informação entre o público leigo, mas o importante é ficar atento à origem desse tipo de produto. Todo medicamento, todo suplemento tem de ter registro, se você olha o número dele e não tem registro já tem que ficar com o pé atrás. O suplemento tem que ter também o responsável técnico por trás e a empresa tem que ter um SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para orientar você.

Por fim, é muito importante evitar o excesso de medicação e manter uma alimentação natural. A principal sugestão dos médicos é optar por uma alimentação mais natural.

Os benefícios do Ômega-3

Nem toda gordura ingerida na alimentação é prejudicial

Você sabia que nem toda gordura faz mal à saúde ? Pois existe um grupo de gorduras, conhecidas como ômega 3, que não só não prejudica, como ajuda no funcionamento do corpo humano.

Os principais benefícios do consumo do ômega 3 são para o coração, para o cérebro e para a criança que está em desenvolvimento no útero da mãe. Diversos estudos vem demonstrando que o consumo desse tipo de gordura é associado à perda de peso e à diminuição de risco de morte cardíaca, por exemplo. Então é uma gordura especial que nós sabemos hoje que precisamos ingerir em maior quantidade e armazenar em nosso corpo.

Outra vantagem do consumo do ômega-3, de acordo com vários especialistas é o controle da inflamação. Pessoas que consomem ômega-3 têm menos problemas com inflamação e tem estudos até mostrando benefícios em doenças reumáticas, como a artrite.

Onde encontrá-lo

Mas o que pode ser feito para aumentar o consumo desse composto? De acordo com os nutricionistas, o ômega-3 está muito concentrado nos vegetais e nos peixes de origem marinha, principalmente os de regiões onde a água é fria e os que vivem em uma zona mais profunda.

O principal problema relacionado à baixa ingestão de ômega-3 é que o brasileiro está culturalmente pouco habituado a consumir peixe na quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 12 quilos por ano, ou pouco mais de 30 gramas por dia.

No entanto, apesar dos benefícios da alimentação à base de peixes, não é recomendado que se deixe de comer carne vermelha. Para tanto, apenas é necessário que seja feito um equilíbrio entre o consumo de gorduras saturadas e insaturadas, bem como se busque controlar a proporção dos chamados bom e mau colesterol (HDL e LDL, respectivamente)

O colesterol é considerado o vilão da doença cardíaca. Só que o mais importante quanto ao colesterol é o que nós produzimos. Nós podemos ter dois tipos de colesterol, o que nós ingerimos e o que nós produzimos no nosso corpo. O mais perigoso é o que nós produzimos. Entre os principais riscos da alta concentração do colesterol ruim está a arteriosclerose, que pode culminar inclusive num infarto.

Adoçante: é uma boa opção?




Optar pelo uso do adoçante no lugar do açúcar não traz outro benefício senão a menor ingestão de calorias.
“Não há nenhum benefício provado cientificamente no consumo dos adoçantes artificiais, apenas o fato de não conterem açúcar, o que é bom para quem não pode consumir esse alimento”, explica a nutricionista funcional Luciana Harfenist, do Rio de Janeiro. Mas é justamente esse o principal motivo que leva a maioria das pessoas a abrir mão do produto natural, dando preferência ao artificial.

Os adoçantes foram criados para a substituição do açúcar e são importantes no tratamento de pessoas com diabetes. Porém, mesmo os diabéticos precisam tomar cuidado com o consumo em excesso. Na prática clínica, observamos esse exagero, que se dá por meio de produtos industrializados, como refrigerantes, iogurtes, balas. Por isso, é necessário observar as quantidades de consumo recomendadas para cada tipo de adoçante.

Conheça os principais tipos de adoçante:

  • Sacarina: descoberta em 1878 e aprovada no Brasil como edulcorante em 1965. Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e eliminada na urina. Sua segurança é investigada há 50 anos, e seu uso foi permitido em 90 países.
  • Ciclamato: descoberto em 1937, foi patenteado pelos laboratórios Abbot, que o introduziram no mercado americano depois de aprovado como edulcorante pelo FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos), em 1949. É estável durante prolongados períodos de aquecimento. No Brasil foi considerado seguro para consumo e aprovado em 1965.
  • Aspartame: foi descoberto acidentalmente em 1965, numa época em que pesavam sobre a sacarina suspeitas de possíveis efeitos cancerígenos e o ciclamato estava proibido nos EUA. No Brasil, o foi liberado em 1981.
  • Acessulfame-K: também foi descoberto por acaso, em 1967, na Alemanha, quando Karl Clauss e Henry Jensen trabalhavam no desenvolvimento de novos produtos e encontraram um composto de sabor doce. Apresenta estrutura semelhante à da sacarina.
  • Sucralose: descoberta em 1976 por pesquisadores ingleses, é obtida a partir da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e de temperatura, mas é considerado um adoçante estável e seguro para consumo humano.
  • Stévia:  a planta Stevia rebaudiana é usada há séculos pelos índios paraguaios para adoçar preparos medicinais. Somente na década de 70, após diversos estudos, a stevia começou a ser usada em larga escala, como adoçante em alimentos e bebidas. No País, o uso foi liberado no final da década de 1980. A stevia tem potencial adoçante 300 vezes superior ao da cana de açúcar.