Durante
um intercâmbio em Nairóbi, no Quênia, o brasiliense Vitor Belota Gomes,
de 17 anos, notou que muitas casas e escolas não tinham energia
elétrica: algumas salas eram tão escuras que as crianças não conseguiam
ver as próprias mãos.
Ao
pesquisar sobre soluções de iluminação de baixo custo, ele conheceu o
trabalho da ONG Liter of Light, que monta lâmpadas com garrafas PET.
As
garrafas são enchidas com água e alvejante. Colocadas nos telhados das
casas, elas ficam expostas à incidência dos raios solares que, pelo
processo de refração da luz na água, conseguem iluminar o ambiente.
Cada
garrafa fornece a mesma quantidade de luz que uma lâmpada de 55 watts,
com a vantagem de não emitir gás carbono. A solução foi criada pelo
brasileiro Alfredo Moser durante o apagão de 2011 e foi copiada por
vários países.
Vitor voltou do intercâmbio com a ideia de disseminar a técnica no Brasil. Ele criou a ONG Litro de Luz, encontrando certa dificuldade no iníco. “Diziam: ‘quem é esse playboy que quer subir no meu telhado e instalar uma garrafa?”, conta.
Ele conta que a maior reclamação dos moradores era a falta
de iluminação nas ruas e não nas casas. O foco da ONG passou a ser o
desenvolvimento de soluções para esse fim.
Uma deles é o poste de PVC acoplado a uma placa fotovoltaica que
carrega uma bateria com capacidade para armazenar até 32 horas de
energia e acende pequenas lâmpadas de led dentro das garrafas. O sistema
já foi instalado em comunidades do Rio de Janeiro, de São Paulo,
Brasília e de Florianópolis.
A próxima cidade que vai receber o
projeto de iluminação sustentável é Caapiranga, município de 12 mil
habitantes no Amazonas. “Vamos entrar na Amazônia com projeto de longo
prazo. É a região mais carente de energia, onde muitos dependem de
geradores a diesel que só funcionam algumas horas por dia”, diz.
Fonte: Razões Para Acreditar, com informações da Folha de S.Paulo)
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