A orientação sexual é um processo totalmente de esclarecimentos e compreensões do corpo, do psicológico e fisiológico que cabe às instituições escolares juntamente de educadores preparados para conscientizar a vida sexual dos adolescentes. Todo ser humano necessita dessa orientação sexual, principalmente na adolescência, em vista da puberdade e da descoberta e interesse pelo outro, na intenção de construir adultos melhores, cada vez mais confortáveis com seu corpo, sua saúde e a sua sexualidade.
Considerando que a escola é o local onde o aluno passa a infância e a adolescência, duas etapas significativas de sua vida, e períodos onde a sexualidade se manifesta como parte de seu dia a dia com os colegas dentro e fora dela, evidencia-se essa responsabilidade da escola de prezar pela saúde de seus alunos e, sobretudo, formar cidadãos conscientes, críticos e responsáveis, tanto em uma dimensão individual quanto social. A educação sexual, no meio escolar, é um componente primordial para a construção desse cidadão, bem como na prevenção de agravos à saúde e à integridade física e mental dos estudantes, desconstruindo mitos, tabus e preconceitos. Esse trabalho pode ser feito através da promoção de aulas direcionadas, diferenciadas com temas sobre sexualidade, de parcerias com profissionais da área da saúde, estudo de caso, palestras e orientação sexual acolhedora fazendo-os mais familiares aos temas e às dificuldades sociais em relação às sexualidades. De maneira que o papel principal torna-se o de informar.
Contudo, o que se percebe é outra realidade. As escolas não estão cumprindo este papel com eficiência. As instituições e/ou profissionais de educação que não se comprometem, não se importam, não se sentem capazes ou à vontade para tratá-lo de forma adequada e aberta com seus alunos e algumas escolas fazem de conta que trabalham com Orientação Sexual, quando na verdade lidam apenas com questões anatômicas e higiênicas como se isso fosse o suficiente. Outro fator é a concorrência desleal dos meios de comunicação que acabam confundindo a cabeça do jovem, que em um momento estão fazendo campanha em prol do uso da camisinha, e no outro instante promovem a promiscuidade, citando também as novelas que descrevem o dia a dia de jovens que praticam o sexo sem a camisinha, ao tratar a gravidez na adolescência tão banalmente.
Apesar de não ser um tema novo e da modernidade ter tomado conta de nossa vida, o sentido para bem conviver em sociedade esta cada vez pior e o sexo está banalizado com uma conotação e/ou apelação sexual ainda mais difícil de conduzir de forma positiva, objetiva e coerente uma boa orientação sexual no ambiente escolar. Mas os adolescentes são rápidos e gostam do assunto. Então, demonstrar e aplicar conceitos de saúde de forma lúdica e acolhedora deixa-os a vontade, com isso conseguimos adentrar em seus universos para bem forma-los consciente do que é o sexo e sua importância dentro do contexto em que vivem.
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